A meditação é uma prática que nos ajuda a desenvolver gradualmente uma visão mais clara e acolhedora de nós mesmos e dos acontecimentos em nossas vidas.
Embora o objetivo fundamental seja o mesmo, existem diferentes maneiras de fazer isso. Alguns preferem recitar um mantra (uma palavra sagrada ou sílaba, como OM), outros contam suas inspirações e expirações, outros ainda procuram equilibrar sua energia sutil (chakras). Isso não significa que, uma vez que você comece a praticar a meditação do mantra, por exemplo, tenha que praticá-la pelo resto da vida – longe disso. A maioria de nós passa por fases na vida em que um tipo de prática de meditação poderá atender melhor às necessidades do momento que outras e devemos estar conscientes disso e abertos à mudança, quando necessário.
Não importa que tipo de meditação você pratique, as instruções básicas de treinamento geralmente são duas: A) escolha um objeto para focar (mantra, respiração, imagem) e concentre sua atenção intencionalmente neste objeto; B) quando a atenção vacilar (quando você começar a pensar na conta que você esqueceu de pagar, ou etc.), gentilmente traga sua atenção de volta para o objeto e comece de novo.
Alguém devidamente chamou meditação “a arte de começar de novo”.
O que meus primeiros professores de meditação não me disseram no entanto, é que quando a mente vagueia e se perde em pensamentos sobre o passado e o futuro, isso é totalmente normal.
É o que nossas mentes não treinadas fazem e dificilmente temos algum controle sobre esse processo. Em vez disso, devemos usar nossa atenção consciente para começar a perceber essa perambulação constante da mente com curiosidade e aceitação. Quanto mais formos capazes de aceitar nossas mentes errantes e não julgarmos ou tentarmos mudá-las, mais agradável e profunda será nossa prática de meditação.
Então, da próxima vez que você se sentar (deitar, levantar-se ou andar) para meditar, lembre-se de ser tão paciente, receptivo e gentil com sua mente errante quanto possível. Quando você perceber que foi longe demais, traga-a gentilmente de volta – como se estivesse convidando um convidado a entrar em sua casa. Com tempo e prática, sua mente precisará de menos estímulos e lembretes para permanecer presente, mas não importa quantas décadas de meditação você tenha acumulado, essas instruções básicas mencionadas acima ainda se aplicam.
Boas práticas!
Denis Karenkin mora em Vitória, ES e além de dar aulas de Yoga e curso de Meditação Mindfulness, facilita sessões semanais de Banho de Gongo.
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